quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mercado de operadoras móveis virtuais deve crescer no Brasil


Mercado brasileiro se abre para operadoras móveis virtuais (MVNOs), que devem se focar em nichos

A abertura do mercado de telecomunicações brasileiro às operadoras móveis com rede virtual (as chamadas Mobile Virtual Network Operators, ou MVNOs), além de aumentar a oferta de empresas que prestam o serviço, vai permitir atingir públicos cada vez mais específicos. A perspectiva é que essas operadoras atuem em nichos, focando em atendimento e serviço customizados para seu público-alvo. "Em vez de vender minutos de voz para o cliente, ela vai vender para o atacado, que irá revender aos clientes", explica o presidente da Teleco, Eduardo Tude.

A discussão sobre a implantação de MVNOs no Brasil não é nova, mas só ganhou força com a dificuldade das atuais (Mobile Network Operators, ou MNOs) em captar novos adeptos ou garantir a fidelidade dos atuais. "As taxas de desligamento são altas, assim como o custo para conquistar o cliente", analisa o presidente a Teleco. Ele aponta esse como um dos principais motivos para o interesse das empresas que já atuam no setor de telefonia móvel pela captação por meio de MVNOs. "A gente já vê as operadoras com grupos internos para analisar os modelos", atesta.

Um dos desafios para a expansão desses modelos, contudo, está relacionado à infraestrutura. Como a criação de operadoras móveis virtuais não implica ampliação do espectro ou da rede, é preciso assegurar suporte para a demanda sem causar prejuízos ao cliente. "Ela precisa ter capacidade para atender isso", adverte Tude. Recentemente, as quatro empresas que atuam no País foram punidas por não prestarem serviço de qualidade em determinados estados. "Certamente isso pode fazer com que algumas operadoras tenham menos interesse no MVNOs, por não terem capacidade", opina o presidente da Teleco.

Para o vice-presidente sênior da Virgin Mobile para a América Latina, Jeffery Buckwalter, as operadoras de origem devem aumentar a capacidade de rede para suportar os clientes da MVNO, bem como seus próprios clientes. O executivo, que participou em setembro do Fórum Mobile+, em São Paulo, revelou que a empresa pretende entrar no mercado brasileiro no segundo semestre de 2013, focando no público jovem.

Além da Virgin Mobile, outras empresas já se candidataram a ter uma MVNO no Brasil. A falta de segmentação no mercado, a insatisfação dos clientes e as novas oportunidades de serviços são apontados por Buckwalter como pontos favoráveis a essa abertura. A demora no processo de licenciamento e a relutância anterior das operadoras em aderir ao modelo, contudo, são vistas pelo executivo como fatores que interferem no lançamento de MVNOs no País. "As MNOs estão incertas sobre como estruturar a relação com as MVNOs. Os requisitos para firmar as interconexões também são complicados e demandam tempo. O resultado é o atraso no lançamento das operadoras virtuais", entende.

No mundo, são 760 MVNOs - mais da metade operando na Europa, contra 11 na América Latina. Tude destaca que Alemanha e Holanda são os países onde essa tecnologia mais se proliferou. Aqui no Brasil, a primeira operadora virtual foi a Porto Seguro Conecta, ativada em junho de 2012 e focada em atender a funcionários e clientes da empresa. No último levantamento da Teleco, em agosto, a MVNO contava com 8 mil pontos de acesso. "A tendência é que ela tenha uma parcela muito pequena de mercado", avalia Tude.

Regulamentação prevê dois modelos
A regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), expedida em 2010, prevê dois modelos de MVNOs: autorizadas e credenciadas. Nos dois casos, planos e tarifas especiais podem ser negociados entre operadora móvel e de origem. As autorizadas de rede virtual trabalham com recursos de rede e espectro alugados, mas têm as mesmas obrigações das operadoras atuais e precisam de licença da Anatel para atuar. Elas podem prestar o serviço em áreas onde a prestadora de origem não possua infraestrutura de alcance, desde que as tecnologias utilizadas sejam providenciadas e licenciadas por ela.

No segundo modelo, as credenciadas atuam como uma espécie de representante comercial da operadora. Elas utilizam a rede, o espectro, a numeração e as interconexões disponibilizados pela prestadora de origem, porém com sua própria marca. Nesse caso, a responsabilidade da Anatel é apenas homologar os contratos firmados. No caso de uma credenciada preferir mudar de operadora, a resolução prevê que ela poderá levar os clientes conquistados

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Claro lança chip Magazine Luiza e mantém conversas para MVNO


Telesintese
Rede varejista oferecerá Chip Luiza para falar com seus consumidores de forma individualizada e garantindo acesso à loja gratuito

Coletiva_Claro_Magazine_LuizaAs empresas têm receio de se tornarem operadores virtuais móveis (MVNO), por conta da responsabilidade que isso exige como responder pelos clientes junto à Anatel, e estão buscando modelos alternativos. Nesta terça-feira (23), a operadora Claro e a rede varejista Magazine Luiza lançaram um chip co-branded, com plataforma multioperadora e destinado aos clientes pré-pagos, após negociação de um ano. As empresas preveem a venda de 1 milhão de chips em 12 meses.

Pelo acordo, os usuários do chip Luiza poderão acessar as redes sociais, o site da operadora e da rede varejista, além de e-mails pelo serviço iClaro, gratuitamente. Para a Claro, a parceria garante um reforço nas vendas. “No final das contas este é um cliente da Claro. Queremos ter diversas ofertas para nosso cliente escolher aquela com que mais se identificar”, afirmou Fiamma Zarife, diretora de Serviços de Valor Agregado da Claro.

Para o Magazine Luiza, é uma forma de estreitar o relacionamento com os clientes, uma vez que o número celular está atrelado ao perfil do cliente no Customer Relationship Management (CRM), e a rede enviará ofertas exclusivas para cada um deles. “O celular será o principal ponto de contato das empresas com seus clientes e queremos, com o Chip Luiza, institucionalizar esta conexão”, afirma Frederico Trajano, diretor de marketing e vendas da empresa. Trajano explicou que a rede continuará a vender chips das demais operadoras, apesar de querer, no futuro, apenas comercializar o Chio Luiza. O Magazine ainda recebe comissão pela venda de chips e por recargas feitas na loja.

Por meio do chip co-branded, os clientes receberão ofertas em formas de pop-ups e na mesma plataforma será possível finalizar a compra, mesmo que o usuário não tenha um pacote de dados. O acordo permite que a rede varejista garanta aos usuários de celular pré-pago acesso a loja virtual, mesmo sem terem assinatura de pacotes de dados. Atualmente no Brasil, existem 257 milhões de linhas de celulares ativas, sendo 81% pré-pagas. Destas, apenas 17% têm acesso à internet.

A plataforma que transforma o SIM card em uma solução de marketing direto, relacionamento (CRM) e prestação de serviços entre o Magazine Luiza e seus consumidores foi desenvolvida pela Gemalto. A parceria com a Claro e com o Magazine Luiza marca a entrada da empresa na vertical varejo, no qual a companhia tem planos de expansão. “Em breve vamos ter anúncios de adoção a solução na América Latina”, disse André Futuro, responsável pela área de vendas de soluções da companhia, que lembrou a proximidade da Gemalto com a América Móvil.

MVNO
A solução de chips co-branded é uma alternativa para as empresas participarem do universo móvel sem terem de entrar no complexo universo de telecomunicações como operador virtual móvel (MVNO), que lhes imputaria também uma série de responsabilidades.

Segundo Fiamma, ainda falta maturidade dos companhias interessadas em se tornarem operadores virtuais para que este modelo realmente passe a funcionar no país. “No momento, estamos trabalhando muito mais em consultoria, porque as empresas querem entender as responsabilidades de cada um dos parceiros”. Empresas do mercado financeiro, varejistas e empresas de tecnologia teriam buscado a operadora a para discutir MVNO. “Entre três e cinco empresas”.

Claro lança chip co-brand do Magazine Luiza

TI INSIDE
terça-feira, 23 de outubro de 2012, 14h34

A Claro e o Magazine Luiza começam hoje a vender SIMCards de telefonia móvel numa ação co-branded, onde  a varejista oferecerá sua estrutura de vendas e a marca que tem forte presença entre as classes C e D, enquanto a operadora atuará com o fornecimento de rede e conectividade.
Embora o modelo de negócios adotado para o chip Luiza ainda esteja longe do conceito de operadora móvel virtual (MVNO), a parceria nesta empreitada pode se tornar num futuro breve a porta de entrada do Magazine Luiza neste mercado.
Diretor de marketing da rede de lojas, Frederico Trajano afirma que tornar-se uma MVNO não está totalmente fora dos planos da varejista. “Podemos atuar desta maneira quando houver uma estabilidade do serviço entre as operadoras. Agora, ainda acho arriscado colocar nossa marca diretamente relacionada com a prestação deste serviços (telecomunicações)”, explica.
Estratégia
O foco desta empreitada é o público do celular pré-pago e o modelo de negócios adotado para o chip Luiza é idêntico ao praticado na venda dos SIMCards que levam o nome da operadora. A diferença está na aproximação entre o cliente e a varejista, que além de ter seu nome o tempo todo no celular do cliente, poderá levar ofertas personalizadas através do celular.
Para o cliente, haverá também uma série de atrativos como acesso gratuito a redes sociais, ao site da Claro e do Magazine Luiza, entre outros. Mas, quando o cliente acessar outros sites, terá debitado R$ 0,50 por dia de uso da franquia de Internet.
A intenção de ambas as empresas é que em 12 meses sejam vendidos ao menos um milhão de chips, quantidade modesta para uma rede de lojas que tem mais de 28 milhões de clientes cadastrados e ao menos 10 milhões deles ativos.
A diretora de serviços de valor agregado da Claro, Fiamma Zarife, explica que é a operadora quem gerencia a rede e presta o serviço ao cliente. “O Magazine é comissionado com a venda dos chips e com recargas feitas na loja”. Ou seja, se o cliente fizer a recarga de créditos numa banca de jornal, por exemplo, é o jornaleiro quem terá participação naquela recarga, e não a rede de varejo.
A integração dos menus e a tecnologia do chip é da Gemalto. Entre as funcionalidades exclusivas está a possibilidade de o cliente se cadastrar com o CPF e o nome para ter acesso às promoções da varejista. Elas serão disponibilizadas em um menu para a consulta do usuário e, eventualmente, por SMS. Neste último caso, o cliente precisará autorizar o envio das mensagens.
Contexto
Esta não é a primeira vez que a Claro se une a uma marca para lançar um chip de celular co-branded. Em 2010, a empresas anunciou o "Chip do Timão", SIMCard que levava a marca do time de futebol Corinthians. À época, a iniciativa se deu em parceria com a Titans Group

sábado, 13 de outubro de 2012

NEC volta à infraestrutura com femtocell e small cells



Convergência Digital - Cobertura Especial FUTURECOM 2012
:: Ana Paula Lobo e Luiz Queiroz - 11/10/2012
A NEC está de volta ao mercado de infraestrutura móvel com a oferta de femtocells para 3G e small cells para o 4G. Em entrevista à CDTV, do Convergência Digital, durante o Futurecom 2012, o presidente da NEC Brasil, Herberto Yamamuro, não descarta a produção local - ela será um fator de competição, mas faz uma advertência: LTE exige muito software e capacitação profissional.

O executivo comemora ainda a virada do mercado brasileiro. "Sai a disputa por BTS e o atendimento ao consumidor passa a ser uma prioridade. Isso implica em novo uso da tecnologia", frisa.

Indagado ainda se o Brasil está atrasado na adoção de ações regulatórias para o uso das femtocells e small cells, o presidente da NEC Brasil diz que o necessário é, agora, acertar as arestas e permitir que não venha a existir 'estrangulamento' da nova rede, em função da alta demanda de dados. Yamamuro também reforça que o Brasil precisa usar TIC de forma mais consistente para serviços como segurança e saúde. Assista a entrevista do presidente da NEC Brasil, na CDTV, do Convergência Digital.

Ver video da entrevista em
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QCC7iW67mH8#!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Em 2020, cada pessoa com acesso à internet terá cinco aparelhos conectados, diz estudo


TIINSIDE, quinta-feira, 11 de outubro de 2012, 14h27

Em 2020, 80 bilhões de aparelhos estarão conectados à internet em todo mundo, uma média de 10 equipamentos por domicílio, sendo que cada pessoa terá cinco destes dispositivos, aponta pesquisa da Frost & Sullivan. Segundo a empresa de consultoria e pesquisas, naquele ano serão 5 bilhões de usuários de internet. Por conta da quantidade de pessoas conectadas, o volume de dados gerado passará da de terabytes para petabytes, exabytes, zettabytes e yottabytes.
A consultoria diz que o volume de informações gerado irá crescer com as avançadas tecnologias de acesso à internet móvel e o alto consumo de informações por meio de tablets e smartphones. O relatório observa que 90% do volume de informações no mundo foram criados nos últimos dois anos, devido à quantidade de aparelhos móveis e fixos conectados. Deste total, apenas 15% são considerados dados estruturados que estão em plataformas como CRM (gerenciamento do relacionamento com o cliente), ERP (sistema de gestão empresarial integrada) e bancos de dados. Os 85% restantes são dados não-estruturados, que estão dispersos em redes sociais, e-mails, documentos eletrônicos, mensagens instantâneas, vídeo, áudios, comunicação via M2M (máquina a máquina), RFID (identificação por radiofrequencia), entre outras.
A organização e análise de dados estruturados e não-estruturados é uma oportunidade para o mercado de big data, que também vem registrando crescimento. A Frost & Sullivan indica que até 2016 o mercado de big data no Brasil terá receita superior a R$ 1 bilhão, um crescimento de mais de 200% em relação aos R$ 336 milhões projetados para este ano.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Oi e Vivo querem small cells, mas há desafios a serem superados


Teletime, quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 11h25 

As operadoras móveis brasileiras querem adotar microcélulas (small cells) em sua arquitetura de rede, mas reconhecem que há desafios a serem superados, tanto de ordem técnica quanto regulatória. Fornecedores de rede, por sua vez, se dividem entre os que apostam ou não em femtocells, enquanto todos propõem mais inteligência para um uso eficiente do espectro. O tema fez parte de um debate na Futurecom, nesta quarta-feira, 10.
"Vamos começar a cobertura de 4G com macrocélulas. Depois, em uma fase futura, quando houver necessidade de capacidade, entraremos com small cells", disse Mauro Fukuda, diretor de tecnologia da Oi. O executivo, contudo, reclama das taxas cobradas pela Anatel por estação radiobase (ERB), a TFI (taxa de fiscalização de instalação) e a TFF (taxa de fiscalização de funcionamento), que são as mesmas, independentemente do tamanho e da potência da antena. "Se a potência é menor e a cobertura também, porque preciso pagar por uma microcélula a mesma taxa de uma macrocélula?", questionou Fukuda.
A Vivo realizou testes com femtocells e está disposta a adotar esse tipo de equipamento para aprimorar a cobertura dentro das casas dos assinantes tão logo a Anatel publique uma regulamentação sobre o tema."Testamos femtocells com clientes reais. É uma ferramenta poderosa para qualidade. Uma vez posta uma femtocell na casa de um assinante, muda-se completamente a experiência dele (com telefonia móvel)", disse Átila Branco, diretor de qualidade de rede da Vivo. O executivo falou também sobre os desafios técnicos: "É preciso preparar as macrocélulas para visualizar essas femtocells, para que haja handover."
Fornecedores
Entre os fornecedores de rede, há divergências quanto ao uso de femtocells e microcélulas em geral. A Ericsson, por exemplo, optou por não trabalhar com femtocells e focar mais na otimização das redes atuais. Mesmo para o uso de microcélulas, a fabricante é cautelosa. Para Clayton Cruz, diretor de banda larga móvel da Ericsson, as operadoras deveriam focar mais em qualidade do que em quantidade de antenas. Ele lembrou que não basta vender uma ERB de pequeno porte e esquecer que ela precisa também de uma solução de backhaul, de redundância etc. Uma de suas soluções para isso consiste em uma antena com rádio integrado.
A Alcatel-Lucent, por sua vez, aposta em femtocells. "Nove das dez maiores operadoras do mundo estão comprometidas com femtocells. E 15 teles na América Latina estão se preparando para lançá-las", argumentou Esteban Diazgranados, diretor de soluções sem fio da Alcatel-Lucent para Caribe e América Latina.
O executivo sugeriu também que as teles adotem soluções de rádio cognitivo, equipamento capaz de entender o contexto e autoajustar seus parâmetros de potência e de banda, aproveitando, por exemplo, os espaços em branco em frequências licenciadas.

Indústria quer que pico cell e small cell também não paguem Fistel


 
Teletime, quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 18h37

O regulamento de Femtocell nem sequer foi sorteado para relatoria no Conselho Diretor da Anatel, mas já vem causando polêmica entre a indústria e a agência. O cerne da questão é que o regulamento não contempla outras tecnologias de acesso com baixo impacto sobre o mobiliário urbano, como as pico cells – usadas para a melhoria de cobertura em ambientes fechados - e as small cells, cuja principal característica é que a sua instalação pode ser feita em postes de energia.
Para o diretor de relações governamentais da Qualcomm, Francisco Giacomini Soares, o tratamento diferenciado (a proposta de regulamento, que está sendo analisada pela procuradoria da Anatel, prevê isenção do Fistel para as femtocells) deveria ser estendido também às small cells. Para ele, esses equipamentos devem ser caracterizados como elementos da macro-célula (a ERB tradicional) para que não haja a tributação do Fistel sobre eles.
Já o diretor de relações governamentais da Ericsson, Ricardo Tavares, tem uma opinião diferente, embora concorde que o regulamento da Anatel deva abranger as outras tecnologias também. Para ele, a caracterização da tecnologia que receberá o tratamento diferenciado deve ser técnica e não “puramente conceitual”. Sua sugestão foi de que a agência adote um limite de potência de 5W para essas estações. Assim, segundo ele, elas podem ser caracterizadas como equipamento terminal cuja Taxa de Fiscalização de Instalação do Fistel é de R$ 26, contra R$ 1,3 mil que é recolhido das ERBs. Giacomini, da Qualcomm, não concorda com a sugestão. Segundo ele, esse limite mínimo de potência deixaria de contemplar as small cells.
O presidente da Anatel, João Rezende, confirma que a proposta de regulamento só diz respeito às Femtocells, entretanto, nada impede que outras tecnologias sejam incluídas durante a discussão do assunto no Conselho Diretor. Embora haja pontos em aberto, de uma questão específica a Anatel parece que não vai abrir mão: a responsabilidade pela gestão desses equipamentos é da operadora. Isso porque eles usam o espectro licenciado e permitir que o consumidor compre os equipamentos no varejo e os instale sem o conhecimento da operadora poderia causar interferências. “Estou vendo que não há um consenso sobre essa questão, mas entendemos que qualquer solução tem de ser de responsabilidade da operadora”, afirma Rezende.

Máquina de POS se transformará em canal de mídia, prevê Vivo


Teletime, quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 20h34

As máquinas de POS utilizadas hoje para a realização de pagamentos via cartão de crédito e débito poderão se transformar no futuro em um canal de mídia, com a exibição na tela de informações sobre promoções relacionadas à rede de adquirência ou mesmo ao estabelecimento comercial. A previsão é do diretor executivo do segmento empresas da Vivo, Maurício Azevedo, que relata estar conversando sobre o assunto com uma rede de adquirência. "Hoje o terminal de POS é simples. Poderia-se pôr conteúdo nele. Seria uma forma eficiente de comunicação", comentou Azevedo.
Este será um dos possíveis novos serviços de comunicação entre máquinas (M2M), mercado que deve crescer bastante no Brasil nos próximos anos em razão da redução do valor do Fistel, taxa cobrada pela Anatel por cada linha móvel em serviço no País. Atualmente, a maioria dos serviços de M2M são de baixo tráfego de dados e usam as redes 2G. As utilizações mais comuns são a telemetria de redes elétricas e de distribuição de água e o rastreamento de frotas de veículos.
Azevedo espera que gradativamente surjam novos serviços de M2M, agora usando a rede 3G e trafegando imagens. Além das máquinas de POS, ele vislumbra soluções de segurança com tecnologia de reconhecimento de imagem em câmeras em estádios, especialmente para eventos de grande porte como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. "Para reconhecimento de pessoas precisaria ser uma câmera em alta definição. Só fará sentido econômico quando o benefício for grande, como é o caso na área de segurança", disse. Azevedo participou nesta quarta-feira, 10, da Futurecom, no Rio de Janeiro.

45% dos usuários brasileiros de Wi-Fi aceitariam propaganda no celular em troca de acesso gratuito


Teletime, quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 13h36 

Segundo estudo “O que os consumidores querem do Wi-Fi”, realizado pela Cisco Internet Business Solutions Group e apresentado nesta quinta-feira, 10, na Futurecom, no Rio de Janeiro, 45% dos usuários brasileiros de Internet estão dispostos a receber publicidade em seus dispositivos móveis em troca de acesso livre à rede Wi-Fi.
A pesquisa também constatou que a maior parte dos usuários brasileiros prefere a rede Wi-Fi entre as opções de conexão sem fio à Internet. De forma mais segmentada, o estudo demonstra que 78% dos usuários de laptop, 75% dos usuários de tablets e 57% dos usuários de smartphones dão preferência ao Wi-Fi. Para 71% dos pesquisados a conexão por Wi-Fi é mais rápida; 61% atribui a essa rede um menor custo e uma performance melhor; e 53% dos consumidores acreditam que o Wi-Fi se trata de um acesso mais seguro e mais fácil.52% dos entrevistados disseram desejar ter acesso Wi-Fi em todos os lugares. Para Rodrigo Abreu, presidente da Cisco, a pesquisa sugere que a rede Wi-Fi deve deixar de ser percebida como solução paliativa ou subsidiária:  “operadoras deveriam integrar Wi-Fi como parte importante do portfólio”, avaliou.
Apesar da preferência expressiva do usuário, da crescente penetração de smartphones e tablets no mercado brasileiro e da infraestrutura instalada, o Brasil ainda apresenta um número bastante tímido de hotspots, em torno de 0,5% do total mundial.

Teles podem ficar de fora do mercado de conteúdo móvel, alerta Ovum


Teletime, quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 14h28



O consumo de conteúdos em dispositivos Móveis mudou. Com a proliferação de smartphones, cada vez mais baratos, e os milhares de aplicativos disponíveis para seus diferentes sistemas operacionais os usuários não dependem mais da curadoria das operadoras de telefonia móvel para consumir conteúdos e serviços.
O cenário é pano de fundo para um novo estudo da consultoria Ovum, The Future of Mobile Content and Apps in Emerging Markets, que alerta que o papel dominante das teles no provimento de serviços de valor adicionado provavelmente durará.
A consultoria sugere uma aproximação colaborativa entre operadoras e desenvolvedores e fabricantes de handsets em vez de alocar esforços investindo em lojas próprias de aplicativos e na construção de comunidades de desenvolvedores.
Para o principal analista de mercados emergentes da Ovum, Shiv Putcha, "a maior oportunidade para operadoras reside nos serviços de mobile entertainment", uma vez que "os altos custos envolvidos na compra de PCs, banda larga fixa e consoles de videogame levarão consumidores de mercados emergentes a optarem por dispositivos móveis como a tela primordial para entretenimento, criando uma oportunidade para as teles crescerem sua base de assinantes com oferta de novos serviços de conteúdo".
O desafio será encontrar modelos que se ajustem ao baixo poder aquisitivo dos consumidores e evitem a pirataria, principalmente em categorias como música. Segundo Putcha, estratégias de preço e conteúdo local podem ser o caminho.
Outra alternativa é a abordagem mobile utilities (m-utilities), na qual operadoras, provedores de conteúdo e desenvolvedores de aplicativos possam oferecer a esses usuários de mercados emergentes serviços que impactem positivamente em sua qualidade de vida.

Mercado de M2M pode ser oportunidade para MVNOs

Telesintese
quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 17h08



Em momento de expansão e com potencial de grande crescimento, o mercado de comunicação entre máquinas (M2M) pode ser uma oportunidade promissora para operadoras virtuais (MVNOs), segundo avaliação de Luís Minoru Shibata, analista da Promonlogicalis, nessa quarta, 10, na Futurecom. “Algumas dessas empresas (de M2M) não querem ficar na mão, como clientes, de uma ou duas operadoras de telefonia. A ideia é que elas possam ter controle total do negócio”, afirmou Shibata. O analista acredita que o segmento de etnias e o setor varejista também são oportunidades favoráveis para MVNOs, embora os varejistas ainda estejam experimentando as possibilidades criadas pelo uso de aplicativos: “essa alternativa não existia quando as MVNOs foram criadas na Europa”, lembrou.
Vale lembrar que a primeira MVNO do País, a Porto Seguro Conecta, que entrou em operação no último mês de junho, ao final de agosto já registrava, segundo dados da Anatel, 8 mil linhas ativas, todas de comunicação machine-to-machine. O objetivo da MVNO é rastrear os cerca de 450 mil veículos que compõem a frota da seguradora Porto Seguro até 2014.
Embora a viabilidade das MVNOs no mercado brasileiro esteja sendo discutida há alguns anos e já tenha sido regulamentada pela Anatel, esse modelo de negócios ainda não emplacou com força no País. André da Silva Telles, da TIM, argumentou que o projeto de MVNO não é fácil de ser implementado em razão da demora na homologação da Anatel e da dificuldade de integrar as plataformas, por exemplo. Victor Czarnobay Jr., da Vivo, ressaltou que essa estratégia de negócios demanda tempo para que seja bem sucedida e sugere que em 2013 as MVNOs irão se fortalecer no País: “a Vivo vem trabalhando para implementar esse projeto”, comentou. Para João Moura, executivo da TelComp, pode-se observar no Brasil a mesma dinâmica que houve na Europa: “Primeiro houve reação das grandes operadoras, depois seletividade no processo de escolha das parcerias e, por último, competição para atrair MVNOs qualificadas”. O fato de as teles ainda experimentarem crescimento no mercado brasileiro faz com que elas se concentrem na fidelização dos clientes, o que, na opinião de Moura, pode ser um ambiente desfavorável para o surgimento das operadoras móveis virtuais.

Dois anos de regulação, e o MVNO não deslancha no Brasil.



O  operador móvel virtual (MVNO) pode ganhar fôlego com o M2M
As razões que impedem que o operador móvel virtual  cresça no Brasil são a bi-tributação; metas de qualidade e até excesso de competidores no celular.

Já se passaram dois anos desde que a Anatel definiu as regras para o ingresso do MVNO (operadora móvel virtual) no mercado brasileiro, iniciativa que tem dado certo em diferentes países.

Aqui, no entanto, este novo prestador de serviço não apareceu. Com as honrosas exceções da Porto Seguros, que lançou seu serviço no início deste ano, e a Datora, que vai se lançar como MVNO no mercado M2M (machine to machine) no final do ano, ambas na rede da TIM, não houve durante todo este tempo qualquer outra movimentação neste segmento.

As causas para este pouco interesse são diversas, arriscam  analistas presentes no Futurecom. Para o consultor e ex-presidente da TIM, Mario Cesar Araujo, um dos problemas pode ser o fato de a regulação da Anatel exigir que o MVNO (credenciado ou autorizado) responda pela qualidade do serviço prestado assim como os atuais operadores de celular, o que pode estar afastando empresas que não são do setor, como os varejistas.

Para Luis Minoro, da Promonlogicalis, há o problema da bi-tribuação, que para ele não é o pior entrave, tendo em vista que o comércio também atua no atacado e varejo, já acostumado com a dupla tributação em seu segmento.

Já para André da Silva Telles, da TIM Brasil, outra razão pode ser a baixa penetração dos smartphones no mercado brasileiro, o que dificulta o desenvolvimento de aplicativos para os MVNOs. \

A fabricação de smartphones de baixo custo, por sinal, está em linha com a Positivo, que irá anunciar no dia 29 de novembro o lançamento de seus três aparelhos, fabricados com os incentivos fiscais (redução de IPI) e isenção de PIS/Cofins da recente lei 12.715  sancionada por Dilma Rousseff.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Planos móveis pré-pagos aumentam churn na América Latina


IPNEWS, Sex, 05 de Outubro de 2012 20:34
Operadoras devem ter preços híbridos e expandir redes.
Uma pesquisa realizada pela Pyramide com as operadoras de telecomunicações Claro, Movistar, Telcel, Telecom Personal, Tigo e Turkcell, mostrou que o mercado latino americano de telefonia pós e pré-pagos têm enfrentado desafios, resultado da guerra dos preços e do churn dos clientes das operadoras.

Operadoras aumentam investimentos em experiência do cliente

O estudo mostra que os planos pré-pagos de telefonia móvel na América Latina têm ajudado na expansão das operadoras locais, que ofertam mais serviços para esses usuários. “As operadoras mostram altas superiores em relação aos mercados de pós-pagos da Europa, pois os players dos países emergentes têm iniciativas atrativas para os clientes”, afirma Daniele Tricarico, analista de pesquisa da Pyramide, e acrescenta. “E podemos destacar a flexibilidade nos preços, oferta de bônus e incentivo ao uso da banda larga móvel”.
Mas um dos problemas enfrentados pelos mercados emergentes, em comparação com o europeu, é a instabilidade nas receitas. De acordo com a Pyramide, as operadoras locais precisam equilibrar o mercado e investir em estratégias, como a de preços híbridos e expansão das redes, para conquistar mais clientes pós-pagos, reduzir o churn e automaticamente ter mais estabilidade em relação às receitas.

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