quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Cartilha explica a diferença entre pirâmide financeira e marketing multinível

Documento da Senacom e CVM foi editado após polêmica produzida pela suspensão das atividades da Telexfree

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) e a Comissão de Valores Mobiliários lançaram cartilha que explica a diferença entre pirâmide financeira e marketing multimídia ou de rede. O objetivo é de esclarecer e orientar os consumidores e investidores sobre investimentos irregulares no mercado brasileiro, sobre a participação em atividades fora do sistema financeiro, muitas delas acompanhadas de promessas de ganhos rápidos, com pouco ou nenhum esforço e sem que haja informações quanto aos riscos envolvidos.

O tema ganhou notoriedade depois que a justiça do Acre suspendeu a atividade da empresa de VoIP Telexfree, por suspeita de prática de pirâmide financeira, enquanto a companhia afirma atuar no ramo de marketing multinível.

O texto alerta que as modalidades de marketing, a princípio, são atividades lícitas. “No entanto, há empresas no mercado que divulgam promessas de altos ganhos em pouco tempo, acrescidas da ideia de que após o pagamento dos custos de adesão não há exigência de dedicação ou trabalho real para materializar os lucros, induzindo a errônea interpretação do consumidor de que essa atividade é uma forma de investimento financeiro”, ressalta.


A principal diferença entre os dois é que na primeira não existe a venda de um produto real que sustente o negócio, ou seja, a comercialização de produtos ou serviços tem pouca importância para a sua manutenção. Assim, para o esquema de pirâmides, a principal fonte de renda é o incentivo à adesão de novas pessoas ao negócio, o que faz com que seu crescimento não seja sustentável.(Da redação)

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