domingo, 2 de março de 2014

Olhar Digital: Visão Sobre MVNO no Brasil

Clique aqui e veja o video Compartilhar pode ser interessante; principalmente para nós, consumidores. Pouco tempo atrás, o anúncio de que novas empresas da telefonia móvel pretendem entrar na disputa pelo usuário brasileiro trouxe à tona dois conceitos indispensáveis para que o setor sobreviva com qualidade no país: o “compartilhamento de rede” e as “MVNOs”. Mais conhecidas como operadoras virtuais, as MVNOs já foram regularizadas pela Anatel há mais de um ano. Com este modelo, empresas sem freqüência de rede podem operar na telefonia móvel; para isso, basta elas se aliarem a uma operadora já existente no mercado. O conceito é simples; a MVNO usa a rede da operadora “X” e implementa novos serviços e produtos. Na prática é isso: nada muda na qualidade dos serviços de voz e dados, mas o relacionamento com os clientes e até serviços extras oferecidos é que fazem diferença. Cada operadora virtual deve ter uma proposta diferente e com foco em um público específico e restrito. O conceito de MVNOs já existe no Brasil há cinco anos. Desde então, muitas empresas estudaram a opção. Mas, ainda assim, a entrada de novas operadoras no mercado é muito devagar; e não só no Brasil. Em toda a América Latina, existem apenas duas ou três operadoras virtuais por país. Na Europa o cenário é completamente diferente – também pela situação da economia local. Mas lá, dede 2005, quando foi aprovado o conceito de MVNOs, só na Espanha – por exemplo – foram criadas mais de 60 operadoras virtuais. "O cenário de MVNOs no Brasil tem um potencial muito grande, pelo tamanho do país, mas também tem muitas barreiras a resolver, como a parte tributária de infraestrutura. O Brasil é um mercado que deveria ser bem desenhado e estudado pelos novos candidatos a operadores virtuais", diz Eduardo Arbesu, dir. negócios Telecom / Everis. A Virgin Mobile é uma das MVNOs prestes a desembarcar por aqui. A empresa britânica vai utilizar a infraestrutura da Vivo para iniciar suas operações. Ou seja, a empresa não vai precisar fazer qualquer investimento de engenharia, pegando carona na aparelhagem da brasileira para oferecer seus serviços. "A infraestrutura das operadoras permite que elas façam acordos com qualquer operadora móvel virtual. Atualmente, o crescimento do número de clientes destas empresas está indo muito devagar e não traz impacto na qualidade de rede", analisa Eduardo Arbesu, dir. negócios Telecom / Everis. Mas a Nextel também deixou de ser apenas rádio e agora oferece serviços de voz e dados em 3G, mas neste caso, o conceito é outro – também em parceria com a Vivo – mas se trata do compartilhamento de rede... Os compartilhamentos de rede são diferentes modelos de negócio que o mercado desenvolve para aproveitar seus investimentos em infraestrutura de rede. "São acordos entre as operadoras para usar as torres de outras e atender os clientes de cada uma das operadoras virtuais", completa Eduardo Arbesu, dir. negócios Telecom / Everis. O especialista garante que essas negociações não devem gerar qualquer tipo de sobrecarga na rede. E mais, além de gerar uma enorme economia às teles, o compartilhamento de rede garantiria maior e melhor cobertura aos clientes de ambas as empresas que decidirem compartilhar suas infraestruturas. Isso, sem ter que ficar à mercê dos investimentos em qualidade de uma única operadora. "Podemos conseguir desenvolver um grau de cobertura de rede mais rápido em zonas nas quais eles ainda não estão atuando atualmente". No final das contas, segundo nosso entrevistado, com os devidos cuidados e se bem feito, o compartilhamento de rede é benéfico para empresas e clientes. Com isso, as operadoras deixariam de concorrer uma com as outras por oferecer melhor qualidade – o que é o mínimo que se espera e a Anatel deveria cobrar – mas, sim, por outros serviços e pacotes especiais. Tanto as MVNOs quanto as redes compartilhadas são esperanças para nós, usuários de telefonia móvel no Brasil, que conhecemos as dificuldades que enfrentamos ainda hoje. Talvez uma rede única compartilhada traria mais qualidade para todos, e a chegada de operadoras virtuais faria com que as operadoras se preocupassem um pouco mais em oferecer um serviço e também melhor atendimento ao usuário. Pelo menos é o que se espera...

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