Os Correios devem seguir os passos da Igreja Assembleia de Deus e lançar sua própria operadora virtual de telefonia móvel até o final deste ano.
A nova iniciativa da empresa pública federal deve utilizar um nome diferente para essa operação, mas ainda não foi revelado, assim como a data exata do início das atividades, qual operadora atual servirá como sua parceira ou mesmo quais serão os planos oferecidos.
Apesar de tanta indefinição, sabe-se que o serviço se beneficiará da rede de 12 mil agências que os Correios possuem espalhada pelo país e deve focar no consumidor final. Para Giovanni Queiroz, presidente dos Correios, “este novo negócio, além de garantir o ingresso e atuação da empresa no mundo da comunicação digital, vai garantir a continuidade de oferta de emprego aos brasileiros, valorizando cada vez mais a atuação dos profissionais dos Correios que estão na linha de frente de nossos negócios”.
A empresa pública federal está tentando levantar sua própria operadora de telefonia móvel desde 2014, quando o projeto foi suspenso após a desistência da empresa europeia Grupo Poste Italiane em atuar como parceira. Na prática, os Correios funcionarão como uma marca nos chips e ponto de venda e recarga, uma vez que a toda a infraestrutura operacional e o licenciamento de frequências de transmissão ficará sob a responsabilidade de uma operadora já atuante.
Esse modelo de negócios é chamado de MVNO (Mobile Virtual Network Operator) e já funciona em outros países, inclusive vinculado à empresas de correios. Segundo Giovanni Queiroz, a empresa brasileira está na posição certa para oferecer esse tipo de serviço: “os Correios dispõem de uma das maiores redes de atendimento presencial do Brasil, um inigualável sistema de logística e de distribuição, e um número muito grande de clientes que frequentam diariamente sua rede de agências, além de contar com alta confiança da população”.
A expectativa é de se obter uma receita de 282 milhões de reais em cinco anos, a partir da data de início das operações. No momento, os Correios estão escolhendo a operadora que irá atuar como parceira da iniciativa, negociando uma proposta que favoreça a empresa pública na venda de chips pré-pagos e na recarga.
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