terça-feira, 23 de outubro de 2012

Claro lança chip Magazine Luiza e mantém conversas para MVNO


Telesintese
Rede varejista oferecerá Chip Luiza para falar com seus consumidores de forma individualizada e garantindo acesso à loja gratuito

Coletiva_Claro_Magazine_LuizaAs empresas têm receio de se tornarem operadores virtuais móveis (MVNO), por conta da responsabilidade que isso exige como responder pelos clientes junto à Anatel, e estão buscando modelos alternativos. Nesta terça-feira (23), a operadora Claro e a rede varejista Magazine Luiza lançaram um chip co-branded, com plataforma multioperadora e destinado aos clientes pré-pagos, após negociação de um ano. As empresas preveem a venda de 1 milhão de chips em 12 meses.

Pelo acordo, os usuários do chip Luiza poderão acessar as redes sociais, o site da operadora e da rede varejista, além de e-mails pelo serviço iClaro, gratuitamente. Para a Claro, a parceria garante um reforço nas vendas. “No final das contas este é um cliente da Claro. Queremos ter diversas ofertas para nosso cliente escolher aquela com que mais se identificar”, afirmou Fiamma Zarife, diretora de Serviços de Valor Agregado da Claro.

Para o Magazine Luiza, é uma forma de estreitar o relacionamento com os clientes, uma vez que o número celular está atrelado ao perfil do cliente no Customer Relationship Management (CRM), e a rede enviará ofertas exclusivas para cada um deles. “O celular será o principal ponto de contato das empresas com seus clientes e queremos, com o Chip Luiza, institucionalizar esta conexão”, afirma Frederico Trajano, diretor de marketing e vendas da empresa. Trajano explicou que a rede continuará a vender chips das demais operadoras, apesar de querer, no futuro, apenas comercializar o Chio Luiza. O Magazine ainda recebe comissão pela venda de chips e por recargas feitas na loja.

Por meio do chip co-branded, os clientes receberão ofertas em formas de pop-ups e na mesma plataforma será possível finalizar a compra, mesmo que o usuário não tenha um pacote de dados. O acordo permite que a rede varejista garanta aos usuários de celular pré-pago acesso a loja virtual, mesmo sem terem assinatura de pacotes de dados. Atualmente no Brasil, existem 257 milhões de linhas de celulares ativas, sendo 81% pré-pagas. Destas, apenas 17% têm acesso à internet.

A plataforma que transforma o SIM card em uma solução de marketing direto, relacionamento (CRM) e prestação de serviços entre o Magazine Luiza e seus consumidores foi desenvolvida pela Gemalto. A parceria com a Claro e com o Magazine Luiza marca a entrada da empresa na vertical varejo, no qual a companhia tem planos de expansão. “Em breve vamos ter anúncios de adoção a solução na América Latina”, disse André Futuro, responsável pela área de vendas de soluções da companhia, que lembrou a proximidade da Gemalto com a América Móvil.

MVNO
A solução de chips co-branded é uma alternativa para as empresas participarem do universo móvel sem terem de entrar no complexo universo de telecomunicações como operador virtual móvel (MVNO), que lhes imputaria também uma série de responsabilidades.

Segundo Fiamma, ainda falta maturidade dos companhias interessadas em se tornarem operadores virtuais para que este modelo realmente passe a funcionar no país. “No momento, estamos trabalhando muito mais em consultoria, porque as empresas querem entender as responsabilidades de cada um dos parceiros”. Empresas do mercado financeiro, varejistas e empresas de tecnologia teriam buscado a operadora a para discutir MVNO. “Entre três e cinco empresas”.

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