terça-feira, 27 de agosto de 2013

MVNO e IPTV são as armas para pequenos provedores


terça-feira, 27 de agosto de 2013, 18h25




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Para as pequenas operadoras, a solução para sobreviver no mercado é apostar em alternativas. Além de investimento em infraestrutura e TV paga, as empresas consideram até mesmo a possibilidade de entrar no mercado móvel – tudo para poder atrair o consumidor com pacotes combo.
A Blue Interactive conta com redes HFC para atender às 25 operações em nove estados, contando com 700 mil homes passed e 150 mil assinantes no País. A estratégia para lutar no mercado está no triple-play, mas ela planeja, no futuro, expandir-se como uma operadora móvel virtual. "A MVNO é importante para nós, é uma estratégia. Acho que o quad-play é o futuro, mas quem tem HFC tem um diferencial competitivo enorme", declara a CEO da companhia, Sílvia Berno, em evento do Tele.Síntese em São Paulo nesta terça, 27. Outra opção é de crescimento por meio de aquisições (há duas semanas, a companhia concluiu a aquisição da Minas Cabo Telecomunicações), tornando-se sócia.
A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) diz que também vê a possibilidade de atuar com MVNOs. "A Abrint já está fazendo estudos, conversando com operadoras, para a possibilidade de ter celular para provedores, para fazer alguma operação neste sentido. Está no começo, mas é importante, porque no futuro vai ser necessário", afirma presidente da associação, Basílio Perez.
Fibra
Segundo a Abrint, os provedores associados estão buscando expandir o backbone, mas a maior aposta mesmo é na conexão fiber-to-the-home (FTTH). "O pessoal está investindo muito forte atualmente em fibra, estão colocando em cidades de todos os tamanhos: para competir na área corporativa com operadoras nas cidades grandes; mas, principalmente, para lugares afastados (onde as outras não atuam)."
"Esta semana, um grupo de provedores estava começando a falar em comprar fibra em conjunto e, em menos de um dia, já juntavam 400 km de fibra para compra conjunta", declara o presidente da Abrint. Isso significa inclusive que há aposta em soluções IPTV, apesar de Perez explicar que não há uma predileção por uma plataforma específica como o Mediaroom, mas mais baseados em código livre, como o sistema operacional móvel do Google, o Android.
A TV paga também é uma aposta da Algar Telecom, mas como uma proposta específica de poder oferecer pacotes triple-play. "Olhando apenas para TV, a conta não fecha. Todas as teles estão com o serviço porque estão perdendo se não tiverem, perdem até para provedores menos estruturados", afirma o diretor comercial da empresa, Osvaldo Cesar Carrijo. A companhia promove uma parceria com provedores, a iSPTV, para conseguir acordos para disponibilizar serviços de TI, gestão e infraestrutura. "Nossa meta é chegar a mil provedores em cinco anos, e nosso objetivo é viabilizar o core, que é de Telecom e TI", revela. Carrijo diz que, a partir de 2014, passará a adotar uma postura mais agressiva para implementar as propostas. "Já falamos com mais de 200 provedores e temos pedidos de mais de 600", garante.

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