terça-feira, 27 de agosto de 2013

Preço do MVNO deve ser regulado, ou não há negócio, afirma Algar


Efeito clube não permite entrada de um novo player 

A Algar Telecom, que vinha interessada em ampliar sua cobertura móvel tornado-se uma operadora virtual móvel (MVNO), afirma não ter mais ilusões quanto à possibilidade de avançar nesse modelo. Segundo Osvaldo Carrijo, diretor comercial do varejo da Algar Telecom, a única chance do MVNO prosperar é se houver uma regulamentação ampla, com definição de preço das chamadas, que faça frente ao fator "clubes exclusivos".

"Ou o preço é regulado, ou não tem chance. Se cada tele tem seu número de clientes que paga entre R$ 0,25 e R$ 0,18 dentro da rede e R$ 1,50 para ligar para outra operadora, é inviável. Isso tira qualquer novo player do mercado", afirmou Carrijo, durante debate no 34 Encontro Tele.Sintese, realizado em São Paulo nesta terça-feira (27). Para ilustrar sua opinião, o executivo afirma que na área de concessão da Algar, uma das grandes operadoras amarga 5 pontos porcentuais de participação de mercado e não consegue evoluir: "Se nao tiver base, não cria o clube. Não tem chance comercial, não tem como se posiciar no mercado".

A Algar entende que o futuro da oferta de telecomunicações se dá no universo móvel. A opinião é compartilhada pela Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint) que se diz engajada em iniciar negociações para oferecer aos seus associados um contrato de MVNO. "Conversamos com a Anatel, que nos passou alguns parâmetros. Inicialmente as empresas levaram um susto porque os preços são muito altos, mas estamos marcando conversas com algumas operadoras para ver o que é possível fazer", declarou Basílio Perez, presidente da Abrint.

Roaming


Se o futuro dos serviços de telecomunicações está na mobilidade, as operadoras regionais tendem a depender cada vez mais da regulação diferenciada por porte para pagamento de deslocamento (roaming) no serviço de telefonia móvel, tal como previsto no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC). A preocupação da Algar Telecom é que a regulamentação assimétrica quanto ao roaming ainda não foi definida pela Anatel.

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