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Em momento de expansão e com potencial de grande crescimento, o mercado
de comunicação entre máquinas (M2M) pode ser uma oportunidade
promissora para operadoras virtuais (MVNOs), segundo avaliação de Luís
Minoru Shibata, analista da Promonlogicalis, nessa quarta, 10, na
Futurecom. “Algumas dessas empresas (de M2M) não querem ficar na mão,
como clientes, de uma ou duas operadoras de telefonia. A ideia é que
elas possam ter controle total do negócio”, afirmou Shibata. O analista
acredita que o segmento de etnias e o setor varejista também são
oportunidades favoráveis para MVNOs, embora os varejistas ainda estejam
experimentando as possibilidades criadas pelo uso de aplicativos: “essa
alternativa não existia quando as MVNOs foram criadas na Europa”,
lembrou.
Vale lembrar que a primeira MVNO do País, a Porto Seguro Conecta, que
entrou em operação no último mês de junho, ao final de agosto já
registrava, segundo dados da Anatel, 8 mil linhas ativas, todas de
comunicação machine-to-machine. O objetivo da MVNO é rastrear os cerca
de 450 mil veículos que compõem a frota da seguradora Porto Seguro até
2014.
Embora a viabilidade das MVNOs no mercado brasileiro esteja sendo
discutida há alguns anos e já tenha sido regulamentada pela Anatel, esse
modelo de negócios ainda não emplacou com força no País. André da Silva
Telles, da TIM, argumentou que o projeto de MVNO não é fácil de ser
implementado em razão da demora na homologação da Anatel e da
dificuldade de integrar as plataformas, por exemplo. Victor Czarnobay
Jr., da Vivo, ressaltou que essa estratégia de negócios demanda tempo
para que seja bem sucedida e sugere que em 2013 as MVNOs irão se
fortalecer no País: “a Vivo vem trabalhando para implementar esse
projeto”, comentou. Para João Moura, executivo da TelComp, pode-se
observar no Brasil a mesma dinâmica que houve na Europa: “Primeiro houve
reação das grandes operadoras, depois seletividade no processo de
escolha das parcerias e, por último, competição para atrair MVNOs
qualificadas”. O fato de as teles ainda experimentarem crescimento no
mercado brasileiro faz com que elas se concentrem na fidelização dos
clientes, o que, na opinião de Moura, pode ser um ambiente desfavorável
para o surgimento das operadoras móveis virtuais. |
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