Gláucia Civa // segunda-feira, 25/06/2012 12:16
A Tesa Telecom, operadora de Porto Alegre com sedes também em São Paulo
e Rio de Janeiro, anuncia um projeto piloto de MVNO, as chamadas
operadoras virtuais, para entrega de serviços quadri-play em todo o
país.Tesa entra no mercado MVNO.
A iniciativa envolve parcerias com a Algar Telecom, com acordos de
roaming que ampliam a rede de entrega dos serviços, Transtelco, que atua
como MVNE (Mobile Virtual Network Enabler), com base na plataforma de
billing da Capernow e em soluções da camada de telecom da Bichara e
Orange Tecnologia.
De acordo com Rodrigo Vian, diretor da Transtelco, a plataforma toda já
foi integrada, testada e está funcionado em modelo “as a service” na
Tesa e, inicialmente, foca a oferta de serviços machine-to-machine
(M2M).
Em um segundo momento, que depende de aprovação da MVNO pela Anatel, a meta é entrar também na área de voz.
“Os 100 primeiros sim cards do projeto piloto já estão funcionando,
registrados no nosso HLR e sendo bilhetados pela nossa platafoma”,
comenta Vian. “A Capernow fornece a plataforma de billing, que garante
cross disconting e billing de multi serviços com ferramentas de suporte
integradas”, completa.COMO SERVIÇO
O executivo explica que a plataforma toda, incluindo a camada fornecida
por Bichara e Orange, já foi integrada, testada e está funcionado em
modelo “as a service” na Tesa.
A oferta como serviço é especialidade da Transtelco: em setembro do ano
passado, a companhia lançou o Projeto MNVO as a Service, com oferta de
tecnologias, infraestrutura e serviços para gestão e entrega dos portfólios da operadoras virtuais.
“Com isso, interessadas em ser operadora virtual não precisam investir
em estrutura própria”, destaca Vian. “Entramos com apoio técnico,
operacional e de serviços, pois não basta obter a licença de operação
junto à Anatel e depois não saber o que fazer para colocar a MVNO em
operação”, avisa.
A Transtelco também atende a este mercado com projetos MVNE (Mobile Virtual Network Enabler).MERCADO EM ASCENSÃO
O presidente da Tesa, Roberto Miranda, detalha que a empresa já é
detentora de outorgas de SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) e STFC
(Serviço Telefônico Fixo Comutado), com foco no segmento corporativo.
A nova aposta da companhia, que também atua na gestão
de telecom e infraestrutura, mira um mercado que, segundo dados da
consultoria Europraxis deverá faturar R$ 3,5 bilhões até 2015, somando
entre 10 milhões e 15 milhões de usuários no Brasil.
Publicado em novembro de 2010 pela Anatel, o regulamento de MVNOs no
Brasil permite que empresas sem frequências de rede operem no setor
através de acordo com uma operadora móvel.
As primeiras licenciadas pela agência reguladora para atuar com este
modelo no país foram Porto Seguro e Sermatel, ambas em parceria com a
TIM.
Depois disso, Virgin Mobile e Datora, além da francesa Sisteer, também anunciaram MVNOs por aqui.NA PARCERIA
No caso da Tesa, o piloto nesta área é mais um tiro no alvo da expansão de portfólio via parcerias.
Em maio passado, a operadora gaúcha anunciou uma aliança com a Siemens
EC e Go2neXt para venda de soluções de telecomunicações de
empreendimentos comerciais.
A meta, conforme Miranda, é maximizar a oferta de recursos em pacotes, incluindo soluções de colaboração, por exemplo.
A Tesa oferece serviços de telefonia fixa digital baseada em redes IP,
telefonia IP baseada em celulares Nokia, locação de ramais com PABX
analógico ou digital e ramal IP.
Outras ofertas são o Tesa Recado (anúncios via mensagem de voz para
celular), Tesa 0800 (com terminação IP), Tesa 4007 (número unificado
para chamadas a partir de qualquer local, com terminação IP), além de
suporte em TI (configuração e gerenciamento de rede, instalação e
configuração de softwares, além de serviço de backup).
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