quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Preocupações estratégicas das teles atrasam desenvolvimento de MVNOs no Brasil


terça-feira, 23 de setembro de 2014, 11h14 


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Ainda existem poucas operadoras móveis virtuais (MVNO, na sigla em inglês) no Brasil. Além da alta carga tributária, apontada por especialistas em evento na semana passada, outro obstáculo para que esse mercado decole no País é o fato de as grandes operadoras estarem mais ocupadas com outras questões de ordem estratégica. Esta é a opinião de Saulo Bonizzato, novo líder da área de telecomunicações da Accenture para a América Latina.
A Telefônica está tratando da compra da GVT; a Claro, organizando a fusão entre as empresas do grupo América Móvil no Brasil; a Oi, cuidando da fusão com a Portugal Telecom; a TIM, lidando com boatos constantes de que seria vendida; e a Nextel, enfrentando sérios problemas de dívidas de sua controladora. Isso sem falar no leilão de 700 MHz para redes de quarta geração (4G), cuja entrega de envelopes acontece nesta terça-feira, 23. Neste cenário, fica complicado dedicar um time para o desenvolvimento de parcerias com MVNOs, explica Bonizzato. "A criação de MVNOs requer investimento e parcerias estratégicas. No momento, todas as teles têm algum fantasma pendente na cabeça", comenta o executivo.
Ele acredita que uma vez resolvidas essas questões aparecerão novas operadoras virtuais no Brasil. Mas ressalta que faltam projetos com abordagem mais bem definida, que agreguem valor tanto para a operadora dona da rede quanto para o cliente final. "Se encontrado o nicho certo, a operadora dona da rede economiza em aquisição de cliente, que fica com a MVNO", diz. Ele cita como exemplo de sucesso a TracFone, do mexicano Carlos Slim, nos EUA: trata-se de uma operadora móvel virtual com planos pré-pagos destinada ao público hispânico que vive naquele país.
Gestão
Bonizzato assumiu recentemente o cargo de líder de telecom para América Latina da Accenture. Ele é o primeiro brasileiro a cuidar dessa função na empresa. Sua atuação engloba as operadoras de telefonia e todo o resto da cadeia de telecomunicações. Antes desse posto, o executivo comandara as contas da Telefônica, da TIM, da América Móvil e da DirecTV.

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