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O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quinta-feira, 29, a consulta
pública, por 45 dias, da norma sobre o uso das femtocells. Também está
prevista uma audiência pública que será realizada em Brasília. Esses
equipamentos foram considerados pela agência como dispositivos de
radiação restrita (assim como os roteadores Wi-Fi, por exemplo) e por
isso não não será necessário recolher as taxas do Fistel.
A norma prevê que seja celebrado um contrato entre o usuário e a
operadora em que fique claro os deveres de cada parte. Nesse contrato,
deverá constar a quantidade de banda da conexão fixa do usuário – que
poderá ser de qualquer fornecedor – a ser consumida pelo equipamento. A
Anatel abriu a possibilidade de que essa conexão seja provida pela
própria operadora do SMP ou SME, sendo que neste caso a "rede" criada
pela femtocell ficará aberta a qualquer aparelho. Quando o usuário for o
fornecedor da conexão da femtocell, cabe a ele decidir se o sinal
ficará aberto ou restrito aos aparelhos pré-cadastrados.
Na proposta, a Anatel não diz se a operadora do SMP ou SME poderá ou
não cobrar pela aquisição e usufruto da femtocell. Segundo o conselheiro
Jarbas Valente, relator da matéria, em reuniões com a Anatel todas as
empresas disseram que não pretendem cobrar. "A competicão é que vai
definir se vão cobrar ou não. Deixamos a critério do mercado", disse
ele. A proposta de norma determina que o equipamento opere em caráter
secundário, para que não haja interferência com o sinal da célula
principal, e garante também o handover para a rede macro da operadora.
As femtocells precisarão ser homologadas pela Anatel e não estarão
disponíveis para a venda no varejo – a Anatel quer que as operadoras
tenham pleno controle do seu uso, já que elas operam o espectro
radioelétrico.
De acordo com a manifestação das empresas à agência, as femtocells têm
um raio de cobertura de cerca de 20 metros e são ideais para suprir
falhas de sinal em ambientes indoor. O conselheiro Jarbas Valente
mencionou que as coletivas de imprensa que serão realizadas durante a
Copa do Mundo e a as Olímpiadas provavelmente acontecerão em auditórios
no subsolo dos edifícios, onde a cobertura celular é deficiente, um
exemplo de aplicabilidade de uso das femtocells. Segundo ele, hoje esses
equipamentos custam cerca de R$ 500, mas o preço com o ganho de escala
poderá cair para R$ 300 ou R$ 200. |
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